Um dos segmentos que mais vinha crescendo nos últimos anos acaba de registrar perdas significativas em sua produção. Trata-se do segmento da produção nacional de motocicletas, haja vista o recuo de 13% no mês de julho e 25,2% quando a comparação é feita com o mesmo mês em 2014. Já quando o assunto é o acumulado de 2015, de janeiro a julho, o resultado também é uma baixa sendo essa de 12% quando comparamos com os sete primeiros meses de 2014.
Vale ressaltar que os dados informados no início desta matéria são números oficiais da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo. Apenas em julho de 2015 tivemos a produção de 101.721 unidades, sendo que a venda no atacado já soma 752.747 de janeiro a julho de 2015, o que representa uma baixa de 9,3% com o mesmo período em 2014.
Já quando o assunto é a venda no varejo, o resultado também não é agradável: queda de 10,6% no acumulado do ano. Quando a comparação é feita no varejo, houve um crescimento de julho em relação a junho na faixa de 6,6%, porém, o cenário é de queda de 11% quando a comparação é feita com julho de 2014. Portanto, a situação no varejo também não está longe dos resultados negativos do atacado.
Mesmo com os números dos primeiros sete meses de 2015 e o atual cenário econômico brasileiro, o setor como um todo acredita na possibilidade de o mesmo se recuperar nos próximos meses e voltar a crescer.
Segundo Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, vários fatores influenciaram os números negativos dos sete primeiros meses de 2015, dentre os quais: férias coletivas nas fábricas, principalmente aquelas que estão localizadas no Polo Industrial de Manaus; atual cenário econômico do país, onde a inflação cresce juntamente com as taxas de juros; baixa oferta de crédito quando o assunto é a aquisição de veículos em geral; taxa de desemprego crescendo e etc.
Além disso, quando falamos de exportações o cenário também é de recuo, pois as unidades exportadas somam 26.815 de janeiro a julho de 2015, o que representa baixa de 49,3% quando comparamos com o mesmo período em 2014.
Por Bruno Henrique
Foto: Divulgação
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